AGUA 18/06
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Índio é condenado à prisão após flechar o tio que tinha caso com sua mulher

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Homem foi sentenciado a um ano e oito meses de prisão em regime aberto. Crime aconteceu em 2012

Um índio que tentou matar o tio após descobrir que o parente mantinha um romance com a esposa dele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do DF a pena de um ano e oito meses de prisão, na quinta-feira (9).

O crime aconteceu em setembro de 2012, na aldeia Tekohaw, que fica no Setor Noroeste. O homem poderá cumprir a pena em liberdade. Cabe recurso da decisão.

No depoimento do índio Galdino de Sousa Guajajara à polícia, ele confesou que tentou matar o tio após discussão e que, no momento do crime, ambos estavam bêbados. Por isso, durante o julgamento, o juri entendeu que a tentativa de homicídio não foi qualificada – quando o motivo é futil, ou mediante a pagamento, em meio a traição e emboscada ou com uso de produtos que possam resultar perigo comum.

Além disso, de acordo com o juiz responsável pelo julgamento, Roberto da Silva Freitas, a flechada não apresentou risco de vida à vítima e o homem também não continuou a execução. Por isso, reduziu a prisão para um ano e oito meses.

Por se tratar de uma pena inferior a quatro anos, o Código Penal permite que o índio a cumpra em regime aberto.

Entenda o caso

De acordo com o delegado responsável pelo caso na época, Rodrigo Bonach, a tentativa de homicídio aconteceu na tarde de 29 de setembro de 2012 e foi motivada por uma discussão após o tio contar que teria tido relações sexuais com a mulher do sobrinho. Em troca, o tio teria oferecido a própria companheira para se relacionar sexualmente com o sobrinho, mas ele negou.

“O autor não aceitou [a traição] e acertou a vítima com um pau na testa. Em seguida, voltou para sua cabana, pegou um arco e uma flecha e desferiu a flechada através de uma fresta na cabana do tio”, contou Bonach.

Na época, a polícia tinha apreendido dois arcos, cinco flechas, dois facões e dois estilingues, com Galdino, que tinha 32 anos. De acordo com o delegado, cerca de 50 pessoas moravam na aldeia Tekohaw. O grupo teria se mudado do Maranhão para Brasília em 2006.

g1

 

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