AGUA 18/06
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Grupo cobrava até R$ 150 mil por ‘kit completo’ de aprovação em concursos, diz polícia da PB

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Esquema fraudava facilitação de empréstimo para pagar ‘aprovação’, gabaritos e diplomas para ingresso no cargo, com 500 aprovados que pagaram R$ 18 milhões, em 6 estados do Nordeste.

Suspeitos foram presos com ponto eletrônico durante prova do concurso do MPRN (Foto: Lucas Sá/DDF João Pessoa)

 

 

uadrilha suspeita de fraudar pelo menos 60 concursos públicos em seis estados do Nordeste, desarticulada pela Polícia Civil da Paraíba no domingo (7), cobrava até R$ 150 mil para vender o “kit completo” de aprovação, informou o delegado de defraudações e falsificações de João Pessoa, Lucas Sá, nesta segunda-feira (8). O esquema foi desarticulado pela Operação Gabarito.

Os suspeitos fraudavam documentos para facilitar empréstimos para pagar a fraude, diplomas para ingresso no cargo e gabarito da prova. Segundo a polícia, 19 pessoas foram presas, entre elas dois irmãos em um condomínio de luxo, apontados como líderes do grupo e já aprovados em 29 concursos.

Segundo o delegado, para o esquema ser executado o grupo precisava que pelo menos dez candidatos do concurso comprassem o gabarito. “É cobrado, em média, o valor correspondente a 10 vezes o salário inicial do cargo pleiteado, de maneira que cada candidato interessado repassa a quantia de R$ 30 mil a R$ 150 mil para a organização criminosa”, explica Lucas Sá. O esquema captava “clientes” em redes sociais e cursinhos.

O delegado afirma que as fraudes começaram em 2005 e mais de 500 pessoas já foram beneficiadas com o esquema em concursos na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe e Piauí. “Tomando como base o menor valor informado até o momento, podemos concluir que, no mínimo, a organização consegue obter a quantia de R$ 300 mil por concurso, nos últimos 12 anos”, diz.

O esquema funcionava por meio de escutas e transmissões eletrônicas durante a aplicação das provas. Parte dos suspeitos ficavam na casa onde os líderes do grupo foram presos, em João Pessoa, e eram responsáveis por receber as informações das provas de outros integrantes do grupo que faziam as provas. “Eles repassavam as informações para os ‘professores’, que respondiam as questões e mandavam os gabaritos para os candidatos”, explica Lucas Sá.

G1-PB

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