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Polícia apreende pistola de cabo Ivan; Acusado é encaminhado ao Presídio Militar

Polícia apreende pistola de cabo Ivan; Acusado é encaminhado ao Presídio Militar
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O delegado Robervaldo Davino, titular do 6º Distrito Policial (DP), afirmou na manhã desta sexta-feira (26) que as pistolas que foram apreendidas na residência do cabo Ivan Augusto dos Santos Júnior – acusado de atirar contra a esposa, Expedita da Silva (37 anos), no dia 19 de janeiro – eram de propriedade do militar e que estavam devidamente registradas. Expedita morreu na última quarta-feira (24).

“As armas recolhidas foram uma pistola .40 e 380 e não eram do Estado e, sim, de propriedade dele. Já encaminhamos as armas para a perícia para que sejam feitos laudos referentes ao que solicitamos e agora iremos aguardar. Mas nós mesmo recolhemos quatro projéteis deflagrados por uma pistola no dia do crime” disse o delegado.

 

A prisão preventiva de Ivan Augusto foi decretada nessa quinta-feira (25) pelo juiz Odilon Marques, da 9ª Vara Criminal. Por esta razão, o delegado Robervaldo Davino solicitou à Polícia Militar que o acusado comparecesse ao 6º DP para formalizar sua prisão.

Confira o momento da chegada do militar na delegacia

O delegado revelou que durante depoimento o cabo não acrescentou nada em relação ao seu depoimento anterior no Complexo de Delegacias Especializadas (Code) na última terça-feira (23). ”Ele já tinha prestado depoimento no Code e já tinha falado parte do que foi levantado no decorrer do inquérito e como a prisão dele foi decretada ontem, eu pedi à PM para que ele comparecesse na delegacia para formalizar a prisão dele, que foi decretada pelo juiz Odilon Marques, da 9ª Vara Criminal. O acusado disse que não tinha mais nada a acrescentar”, explicou.

Robervaldo Davino disse ainda que a Polícia Civil já tem as provas necessárias que apontam Ivan Augusto como autor do crime contra sua esposa. “Ele confessou em partes, mas independentemente dele confessar ou não, pelo que levantamos nos autos, está totalmente caracterizado que ele cometeu o crime. Nós só ainda não temos a quantidade de tiros disparados contra a vítima porque não foi feito o laudo. A pena prevista é de 12 a 30 anos, mas não sabemos o tempo que ele irá pegar, porque há muitos atenuantes e agravantes”, finalizou.

Após o depoimento, o cabo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para ser submetido a exame de corpo de delito. Em seguida, será conduzido para o Presídio Militar.

Confira vídeo do delegado Robervaldo Davino falando sobre o caso

Relacionamento conturbado

O irmão de Expedita, João Celso da Silva Neto, afirmou em entrevista que o relacionamento de Ivan Augusto com sua irmã era conturbado e por diversas vezes aconselhou o casal a se separar. João revelou ainda que sua irmã e suas sobrinhas chegavam a passar fome porque o militar não comprava comida por diversos dias.

“Ele tinha um salário razoável, mas minha irmã ia com as meninas para minha casa ou para a casa da nossa mãe com frequência para comer lá e nos dizia que não tinha nada pra comer na casa dela. Outras vezes eu comprava comida para levar para ela”, revelou.

João Urtiga / Alagoas 24 HorasJoão Celso da Silva Neto, irmão da vítima

João Celso da Silva Neto, irmão da vítima

João Celso disse ainda que o comportamento de Ivan Augusto sempre foi agressivo por causa do ciúme que sentia de sua mulher. ”Acompanhei o casamento dos dois e sempre aconselhei ela a deixar ele, mas ele sempre dizia que ela era dele e mais de ninguém. Ele não queria que ela trabalhasse. Em uma vez ele alugou um ponto comercial para ela em um local que ele pudesse realizar rondas. Caso ele visse um homem sendo atendido, ele ameaçava os homens. Ela já chegou em casa com marcas de violências físicas, inclusive coronhadas”.

Por fim, o irmão da vítima disse que a família espera que a justiça seja feita. “A família quer que seja feita justiça em Alagoas. Não iremos fazer justiça com as próprias mãos. Mas um homem desse já deveria ter sido expulso da polícia militar há muitos anos. Ele não tem condições nenhuma de representar a sociedade alagoana”, finalizou.

alagoas24horas

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