Acusada de mandar matar o marido é condenada a 21 anos e 4 meses
Josivênio foi condenado a 21 anos pelo tribunal do júri; já o réu Jedson da Silva foi absolvido do crime
Foto por: Dicom – TJ/AL
O corpo de jurados acatou a tese da acusação, feita pelos promotores de justiça José Antônio Malta Marques e Leonardo Novaes Bastos. Marineide foi submetida à pena de 21 anos e 4 meses, e Josivênio, a 21 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado.
De acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça (TJ), com relação a Jedson da Silva Ferreira, o outro réu, os jurados – por maioria de votos – reconheceram a participação dele no crime, mas decidiram absolvê-lo.
Em sua acusação, o Ministério Público Estadual (MPE) alegou que Jedson e Josivênio deveriam ser condenados por homicídio duplamente qualificado, por motivos de emboscada e promessa de recompensa paga. Já Marineide, pela motivação torpe e emboscada.
Por sua vez, a defesa de Marineide, representada pela advogada Lucila Vicentin, pediu a negativa de autoria. Lucila ressaltou que, durante o processo, foram percebidas muitas inconsistências, contradições e o indício de uma ilegalidade ocorrida na investigação.
Já o defensor público Ryldson Martins, que fazia a defesa de Jedson da Silva e Josivênio Manoel, negou a participação de ambos na morte da vítima. A tese da defesa foi a negativa de autoria.
O julgamento, presidido pelo juiz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal, durou mais de 14 horas e aconteceu no Fórum Desembargador Jairo Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió.
RELEMBRE O CASO
O casal, que viveu junto durante 22 anos e teve dois filhos, estava em vias de separação após o empresário ter saído de casa, passando a morar provisoriamente na residência dos pais, no bairro do Antares, e iniciado um relacionamento com uma adolescente.
Marineide teria ficado insatisfeita com a situação e, no dia 16 de junho de 2012, levou os filhos para a casa do sogro, e, momentos depois de sair, fez uma ligação para o marido, alegando que estaria sendo agredida. José Roberto saiu e, quando passava pela calçada de um estabelecimento comercial na Serraria, foi atingido por um tiro de espingarda calibre 12.