Barragem de rejeitos de minério da Vale se rompe em Brumadinho
Helicóptero e viaturas do Corpo de Bombeiros estão no local para resgatar vítimas
Uma jovem moradora de Nova Lima, e 17 anos, informou que o pai dela “escapou de morrer” no rompimento da barragem em Brumadinho. “Agora estamos tranquilos porque meu pai entrou em contato com a minha mãe e disse que está tudo bem”, informou a adolescente. “Ela informou que o pai trabalha há muitos anos na mina como técnico, mas ela não soube dar mais detalhes sobre vítimas.
Por volta de 13h30, a Prefeitura de Brumadinho alertou em redes sociais para a população da cidade manter distância do lei do Rio Paraopeba.
DEFESA CIVIL Há informações de que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) colocou a Defesa Civil da capital à total disposição do posto de comando que deve ser montado na região de Brumadinho. O órgão consegue informou que pode colocar até 70 agentes disponíveis no local. O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, o coronel Alexandre Lucas, que já coordenou o órgão em BH, também está se deslocando de Maceió (AL) para Brumadinho.
Mina seria ampliada
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informa que a Vale pretendia ampliar a mina do Córrego do Feijão por meio do licenciamento de unidade de tratamento de minério a seco. Esta mina e a de Jangada são contíguas e estão localizadas a cerca de 7 quilômetros do Parque Estadual da Serra do Rola Moça. Ambas pertencem à mineradora.
Veja mais detalhes sobre o licenciamento e as intervenções que estavam previstas para os locais:
HISTÓRICO
A maior tragédia socioambiental da história do Brasil tem 22 pessoas e mais quatro empresas – Samarco Mineração S.A, BHP Billinton Brasil, a Vale e a VOGBR Recursos Hídricos e Geotecnia – denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF). Ninguém foi punido até hoje. Dos acusados, 21 foram enquadrados no crime de homicídio qualificado doloso, ou seja, quando se assume o risco de matar, pela perda de 19 vidas.
Os riscos não controlados provocaram grandes tragédias no estado: em São Sebastião das Águas Claras (Macacos), em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 2001; em Cataguases, em 2003 e Miraí, em 2007, ambas na Zona da Mata; e Itabirito, na Região Central, em 2014. Os acidentes causaram não só a degradação ambiental nas áreas, como deixaram mortos, feridos, centenas de famílias desabrigadas e muita dor e sofrimento nas comunidades.