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A volta do “kit gay”: Sikêra Jr. chama membros do PSOL de “pedófilos” e espalha fake news

A volta do “kit gay”: Sikêra Jr. chama membros do PSOL de “pedófilos” e espalha fake news
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Partido anunciou que vai acionar a Justiça contra o apresentador por espalhar a fake news de que o partido foi ao STF para obrigar as escolas a implantarem a “ideologia de gênero” e “banheiros unissex”

O PSOL anunciou, nesta quarta-feira (28), que acionará a Justiça para processar criminalmente o apresentador bolsonarista Sikêra Jr., da RedeTV, por disseminar fake news contra o partido.

Em seu programa ‘Alerta Nacional’ da última segunda-feira (26), Sikêra Jr. afirmou que o PSOL quer obrigar as escolas a implantarem a “ideologia de gênero” – termo pejorativo que a direita se refere a políticas contra a descriminação no ambiente escolar – e que a legenda pede para que as unidades de ensino tenham “banheiros unissex”.

Segundo o apresentador, que chamou membros do PSOL de “bando de pedófilos”, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará no dia 11 de novembro um suposto pedido do partido para julgar a “obrigatoriedade da ideologia de gênero no país todo”.

“Vai acontecer o seguinte: você vai levar sua filha na escola e não vai ter mais banheiro feminino e masculino. Eles querem que a safadeza impere na escola do seu filho. Vem o menino com o pinto de fora, e sua filha do lado, porque o PSOL quer. Quer acabar com a família brasileira. Que tara é esse em nossas crianças, bando de pedófilo? Seu filho está em risco”, disparou Sikêra.

A informação espalhada pelo apresentador, no entanto, é falsa, e recorda a campanha da direita de 2018, às vésperas da eleição, que espalhou a fake news que Fernando Haddad (PT) teria implantado um inexistente “kit gay” e que distribuía “mamadeiras de piroca” na escola.

O que o STF deve analisar no próximo dia 11, na verdade, é um pedido protocolado pelo PSOL em 2017 que pede para que se acrescente a um trecho do Plano Nacional de Educação (PNE) o combate à discriminação por gênero, identidade de gênero e orientação sexual. Ou seja, um trecho que preveja o combate ao bullying por orientação sexual, que nada tem a ver com a chamada “ideologia de gênero” ou implementação de banheiros unissex.

“Conforme as eleições se aproximam e os candidatos do PSOL se destacam nas pesquisas, a divulgação de fake news tende a aumentar. Essa é uma tática já conhecida daqueles que se promovem por meio da mentira e da destruição da honra de seus concorrentes. Mas estamos preparados para combatê-las e não pouparemos esforços para responsabilizar seus autores e restabelecer a verdade”, escreveu o PSOL em nota sobre as informações falsas divulgadas por Sikêra.

“Estão com medo do crescimento das candidaturas do PSOL. As Fake-News já começaram. E precisamos estar atentos”, disse, por sua vez, Guilherme Boulos, candidato do partido à prefeitura de São Paulo que tem crescido nas pesquisas e já aparece tecnicamente empatado em segundo lugar com Celso Russomanno (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro.

revistaforum

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