Hospital da Mulher completa quatro anos com mais de 47 mil atendimentos
Unidade foi inaugurada no dia 29 de setembro de 2019, conta com 117 leitos, e se tornou referência no cuidado da saúde da mulher e na assistência materna e infantil
O Hospital da Mulher Dr.ª Nise da Silveira (HM), especializado no cuidado da saúde da mulher alagoana e na assistência materna e infantil, completa quatro anos de funcionamento nesta sexta-feira (29) com 47.211 atendimentos realizados. Inaugurado em 29 de setembro de 2019, a unidade hospitalar realizou 11.378 partos, sendo 5.867 cesarianas e 5.511 normais; 22.079 internações; 8.718 procedimentos cirúrgicos e 372.850 exames.
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, o HM representa um divisor de águas no cuidado à saúde da mulher alagoana e na assistência materna e infantil. Isso porque as alagoanas passaram a contar com uma unidade que presta assistência focada nos problemas de saúde que acometem as mulheres, como a endometriose. “Desde 2019 as mulheres alagoanas sabem que podem contar com uma unidade hospitalar exclusiva para assisti-las, seja no caso de um problema de saúde ou no momento mais sublime da vida de uma mulher, que é o nascimento de um filho”, salientou o gestor da saúde estadual.
Mudança de Chave
E além de ser referência na assistência à saúde da mulher alagoana, o HM também foi o responsável por salvar diversas vidas durante a Pandemia da Covid-19. Para isso, seis meses após ter sido inaugurado, o seu perfil assistencial foi alterado para atender, exclusivamente, pacientes acometidos pelo novo coronavírus.
Entre os alagoanos salvos pelo HM durante a pandemia, está a técnica de enfermagem, Íris Vitorino, de 68 anos, que ficou internada por quase dois meses na unidade hospitalar. A paciente deu entrada na unidade hospitalar no dia 25 de abril de 2020 e teve alta dia 22 de junho do mesmo ano.
Ela relatou que ao sentir os sintomas da doença, a família a levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Trapiche da Barra, onde foi encaminhada para o HM, em estado gravíssimo. “Fiquei em coma, traqueostomizada, fui intubada, pararam todos os meus órgãos e, graças a Deus e à equipe do Hospital da Mulher, hoje estou aqui para contar a história”, relatou emocionada e extremamente grata.
Íris Vitorino recordou que, após ser intubada, só abriu os olhos no dia 8 de junho daquele ano, quando começou a se recuperar, diante do aumento dos seus sinais vitais. “Recebi alta e saí em uma cadeira de rodas, com duas feridas no calcâneo, uma escara sacral, sem falar, fiquei literalmente dependente da minha família, sem me alimentar corretamente. Mas, hoje, estou aqui para contar a minha vitória sobre essa doença que a tantos levou”, salientou.
Atualmente, Íris Vitorino retornou ao seu trabalho, já anda e se alimenta normalmente após o tratamento fisioterapêutico. “Eu agradeço a Deus e a toda equipe de enfermagem e médica do HM, inclusive, a doutora Sarah Dominique e muitos outros que estiveram cuidando de mim. Hoje só sei dizer gratidão a todos que oraram por mim, ao HM e a todos que trabalharam e trabalham e trabalham nesta unidade e que foram fundamentais para salvar a minha vida”, disse.
A infectologista do HM, Sarah Dominique, explicou que o caso de Íris Vitorino foi emblemático para a unidade, pois ocorreu no início da pandemia da Covid-19, em 2020. “Foi um caso de muita gravidade, a família dela sempre esteve muito presente e preocupada, passávamos para eles o boletim médico por meio de ligação. Íris teve uma Covid-19 gravíssima, saiu em recuperação e é honroso vê-la de pé, plena, envolvida no trabalho novamente, vivendo a vida social e familiar plenamente, pois ela correu risco iminente de morte, teve quadros de infecção hospitalar e tudo foi superado. Foi uma alta em que choramos muito e fico muito feliz em ver a Íris hoje como ela está”, relatou a médica.
Referência
Para a diretora geral do HM, Yarin Maria Rocha, a unidade nasceu sendo fruto de uma grande expectativa dos profissionais de saúde e da população, por ser um novo hospital do governo para o acolhimento das mulheres alagoanas, que passaram a ter uma referência no tocante à assistência em saúde feminina. “Hoje comemoramos quatro anos com muita felicidade e orgulho, por todo o trabalho desempenhado, sempre para oferecer o melhor aos usuários, onde histórias e vidas construíram nossa linda caminhada. Tenho muito orgulho de fazer parte de tudo isso nesse tempo e posso dizer que aqui ganhei uma família. Agradeço imensamente a cada um dos colaboradores por darem o melhor de si e doarem amor aos nossos usuários, pois é com isso que escrevemos, a cada dia, uma nova página deste belo livro, que tem ainda muita história pra contar”, frisou a gestora da unidade hospitalar.
O Hospital da Mulher Dr.ª Nise da Silveira possui 117 leitos e tem o quadro composto por médico intensivista, clínico geral, médico do trabalho, pediatra, neonatologista, neurologista, nefrologista, obstetrícia, ginecologista, urologista, proctologista, endocrinologista, mastologista e otorrinolaringologista. A unidade também conta com fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, supervisores, técnicos de laboratório, técnicos de radiologia, biomédicos e pessoal de apoio administrativo.
Agência Alagoas