AGUA 18/06
Home Geral Brasil Riqueza do Norte, cupuaçu finalmente é considerado “fruta domesticada”

Riqueza do Norte, cupuaçu finalmente é considerado “fruta domesticada”

Riqueza do Norte, cupuaçu finalmente é considerado “fruta domesticada”
0
0

Segundo pesquisa, cupuaçu sofreu domesticação há pelo menos 8 mil anos por povos originários que habitavam a região da Amazônia

O cupuaçu, iguaria predominante na Amazônia, entrou para o rol de frutas domesticadas — plantas que foram modificadas pela ação humana —, de acordo com recente descoberta de pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

Anteriormente, era consenso que o cupuaçu era um fruto “nativo”, sem traços de influência humana. No entanto, a pesquisa inédita mostra que, na verdade, ele foi domesticado há cerca de 8 mil anos, possivelmente por povos originários que habitavam a região do médio-alto Rio Negro, no Amazonas.

Por meio da genômica, ramo da genética que estuda o genoma completo de um organismo, o pós-doutorando Matheus Colli-Silva sequenciou o “DNA” do cupuaçu e conseguiu determinar que a domesticação do fruto amazônico começou há cerca de 8 mil anos. O pesquisador também contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da USP, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena-USP) e do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE-USP).

Desta forma, foi possível cruzar dados da genética com evidências arqueológicas e históricas da região amazônica. Os pesquisadores acreditam que o processo de domesticação do cupuaçu se intensificou nos últimos dois séculos por influência da exploração da borracha na Região Norte e a desbravação (ocupação de terras e construção de estradas) do “inferno verde”, durante a ditadura militar no início dos anos 60.

Banana com sementes?

Você sabia que a banana que conhecemos hoje não é a “original”? Antes de ser alterada por seres humanos, a fruta tinha sementes. Outras conhecidas são: uva, batata, milho, melancia e cenoura.

Veja o “antes e depois” de algumas plantas:

METROPOLES

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *