Prosche que pertenceu a Daniel Alves é apreendida durante operação contra organização criminosa em AL
Uma Prosche que pertenceu ao ex-jogador da Seleção Brasileira de Futebol, Daniel Alves, foi apreendida durante uma operação do Ministério Público de Alagoas (MPAL) deflagrada na manhã desta quinta-feira, 16.
Ao todo cinco pessoas foram presas acusadas de movimentar ilicitamente mais de R$ 423 milhões dos cofres públicos.
Duas prisões foram realizadas em Alagoas, sendo uma no bairro da Jatiúca, em Maceió, e em Japaratinga. Outras três prisões ocorreram na cidade de Petrolina, em Pernambuco. Os presos são acusados no envolvimento nos crimes de peculato, fraude em licitações e contratos, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público.
Foram 14 meses de investigações do MPAL com o apoio do Ministério Público de Pernambuco. E, de acordo com o MPAL, a organização criminosa atuava através de uma pseudocooperativa de prestação de serviços com sede administrativa no bairro da Jatiúca.
“O grupo criminoso firmou contratos milionários com 20 municípios alagoanos, movimentando a vultosa cifra de R$ 243 milhões no período compreendido entre outubro de 2020 e março de 2023. Desse valor, R$ 46 milhões tiveram movimentações atípicas, comprovadamente, entre as contas pessoais dos criminosos ou por interpostas pessoas jurídicas criadas especificamente para a lavagem de dinheiro público”, esclareceu o MPAL.
Segundo o MPAL, foram descobertos contratos estabelecidos com os municípios de Cajueiro, Quebrangulo, Porto de Pedras, Feira Grande, Pindoba, Carneiros, Olho d’Água das Flores, Mar Vermelho, Porto Real do Colégio, Pão de Açúcar, Estrela de Alagoas, Tanque d’Arca, Porto Calvo, Taquarana, Poço das Trincheiras, São Luís do Quitunde, Limoeiro de Anadia, Senador Rui Palmeira, Chã Preta e Flexeiras.
Ao todo foram expedidos cinco mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão. Eles foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital que chegou, inclusive, a determinar o bloqueio e sequestros de bens dos denunciados no montante de R$ 46 mi.
O MPAL esclarece que as investigações apontaram que a organização criminosa operaram outras falsas cooperativas de prestação de serviços. Os contratos foram celebrados com municípios de Alagoas e do sudoeste da Bahia.
“A principal empresa alvo da operação é de propriedade do casal apontado como líder da organização criminosa, cuja cooperativa de fachada oferecia, dentre outras coisas, serviços típicos e obrigatórios da administração pública, como coleta de resíduos sólidos, limpeza de ruas, praças e avenidas, e profissionais para trabalharem como coveiro, motorista, vigia, gari, merendeira, veterinária, diretora escolar, médico veterinário, chefe de gabinete, assessor institucional, repórter e, até mesmo, fiscal de tributos. Todo o esquema foi montado com a principal finalidade de desviar dinheiro público e promover o enriquecimento ilícito da referida Orcrim”, destacou o MPAL.
Com alagoas24horas