Tráfico ordena fechamento de igrejas católicas no Complexo de Israel, aponta denúncia

A ordem teria partido do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão
Já na Santa Edwiges, um arraiá que estava marcado para este fim de semana precisou ser adiado. Inicialmente, a paróquia informou sobre o cancelamento, mas apagou a publicação horas depois. “Comunicamos que nosso Arraiá está suspenso neste fim de semana. Não teremos Santa Missa e atividades em nossa paróquia também. Igreja fechada. Em breve, retornaremos com mais informações”, explicava o comunicado.
Segundo investigações, o Complexo de Israel leva esse nome por causa do domínio de Peixão, que é adepto de símbolos de Israel, como a Estrela de Davi. Além disso, o traficante é apontado como líder da facção Terceiro Comando Puro (TCP) e conhecido por sua intolerância contra praticantes de religiões de matriz africana. Ele costuma expulsar moradores de suas áreas de influência simplesmente por exercer a religião, determinando a invasão e depredação de centros religiosos dedicados à citada devoção.
O território comandado pelo criminoso é formado por cinco comunidades: Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau. Contra ele, há 9 mandados de prisão em aberto, a maioria por tráfico de drogas, homicídio e ocultação de cadáver.
O governo disse ainda que as forças policiais vêm realizando operações na região para retirada de barricadas e para aumentar a segurança da população, rotineiramente, há pelo menos dois meses. “O blindado da Polícia Militar está baseado na localidade para evitar a retomada da instabilidade na região, garantindo o funcionamento das paróquias e a segurança dos moradores”, finalizou.
