Lira ainda não oficializou comissão para discutir projeto de anistia dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda não oficializou a criação do grupo de trabalho que discutirá o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Lira retirou o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e anunciou a criação de uma comissão especial, que discutirá o tema do zero.
Segundo informações de O Globo, o procedimento determina que Lira oficie os líderes partidários para que cada partido indique seus representantes para a comissão especial — no entanto, isso ainda não aconteceu. Cabe a Lira convocar uma reunião para instalar a comissão e eleger seu presidente.
A comissão será composta por 34 membros titulares e 34 suplentes, com um prazo de até 40 sessões para concluir os debates, podendo terminar antes desse período. Após a discussão no colegiado, o projeto seguirá para o plenário da Câmara.
A intenção de Lira era evitar que as negociações sobre sua sucessão fossem influenciadas pela discussão do projeto de lei e ainda garantir apoio dos dois maiores partidos da Câmara, PT de Lula e PL de Jair Bolsonaro, à sua candidatura para a presidência da Casa, que tem Hugo Motta (Republicanos-PB) como seu nome.
O PL queria garantir que o futuro presidente da Câmara se comprometesse a dar andamento ao projeto, enquanto o PT se opõe veementemente, não querendo nem mesmo que o tema fosse pautado.
Por meio de sua assessoria, Lira não informou um prazo para oficializar a comissão e iniciar as indicações dos partidos.
Redação