Morre aos 86 anos Marcello Lavenère, ex-presidente da OAB e defensor da democracia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou uma nota em homenagem ao advogado, destacando sua atuação na defesa da democracia e da justiça social
– Faleceu, na manhã deste domingo (12), o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcello Lavenère Machado, aos 86 anos. Ele deixa a esposa, 6 filhos, 15 netos e 7 bisnetos.
O velório e cremação serão realizados em Brasília-DF na segunda-feira (13).
Lavenère Machado era membro vitalício do Conselho Federal da OAB, advogado e consultor jurídico na capital federal. Ele também dedicou sua vida ao ensino, atuando como professor de Direito Civil na Universidade de Brasília (UnB) e na Escola Superior do Ministério Público. Se tornou nacionalmente conhecido por ter, como presidente da OAB, assinado o pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
Lavenère Machado também deixou seu legado à frente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, onde se dedicou à análise das reparações às vítimas da ditadura militar, atuando em favor dos perseguidos políticos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou uma nota em homenagem ao advogado, destacando sua atuação na defesa da democracia e da justiça social: “Nos despedimos, neste domingo, do professor e ex-presidente do Conselho Federal da OAB, o alagoano Marcello Lavenère Machado, aos 86 anos. Sempre atuante na defesa da democracia e da justiça social, Lavenère deixou seu legado na advocacia do Brasil e à frente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e se dedicou à luta pela reparação às vítimas da ditadura. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos, colegas e admiradores de Marcello Lavenère”.
A OAB fará luto de sete dias pelo falecimento de Lavenère Machado. O advogado presidiu a Ordem de 1991 a 1993. O luto foi decretado pelo vice-presidente nacional e presidente em exercício da OAB, Rafael Horn.
Para ele, “a atuação de Lavenère na advocacia e na OAB é exemplo para todos que têm compromisso com a profissão”. Horn disse ainda que “o legado de Lavenère é de luta permanente”.
bRASIL247