AGUA 18/06
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Rede de Atenção às Violências completa dois anos com quase 5.700 pessoas assistidas

Rede de Atenção às Violências completa dois anos com quase 5.700 pessoas assistidas
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Vinculada à Sesau, o serviço garante direitos e assistência em saúde aos alagoanos vítimas de violência sexual e doméstica

Ascom Sesau

A Rede de Atenção às Violências (RAV), criada pelo governador Paulo Dantas e vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), completa dois anos de funcionamento neste sábado (8). Durante esse período, as portas de acolhimento, denominadas de Áreas e Salas Lilás, atenderam 5.686 pessoas, oferecendo assistência qualificada, escuta especializada, eficiente e não revitimizadora.

 

Com a expansão da RAV, o serviço passou a atender oito populações vulneráveis. Além de crianças e adolescentes, são assistidas mulheres, pessoas pretas, pessoas com deficiência, pessoas idosas, povos originários, comunidades tradicionais, população LGBT+, população em situação de rua, vítimas de violência sexual e doméstica.

 

“Além da assistência às vítimas de violência, a RAV também é pautada na prevenção, identificação, monitoramento e avaliação das violências. E em 2024, qualificamos mais de cinco mil profissionais dos serviços de proteção às vítimas de violência em Alagoas”, ressaltou a gerente operativa da RAV, enfermeira Thaylise Nunes.

 

As portas de atendimento da RAV estão localizadas em Maceió, no Hospital da Mulher de Alagoas, no bairro Poço; no Complexo de Delegacias Especializadas (CODE), no bairro Mangabeiras; e no Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro Trapiche.

 

No interior do Estado, o atendimento ocorre em Arapiraca, no Hospital de Emergência do Agreste; em Delmiro Gouveia, no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP); e em Porto Calvo, no Hospital Regional do Norte (HRN).

 

Acolhimento 

 

A paciente Maria (nome fictício de uma vítima de violência doméstica, que aceitou falar na condição de ter sua identidade real preservada), relatou que encontrou na Área Lilás o apoio emocional para romper o ciclo de violência.

 

De acordo com ela, o suporte que os profissionais a ofereceram foi de extrema importância e de um profissionalismo sem igual.

 

“Fui direcionada à Área Lilás após uma equipe da Polícia Civil avaliar meu caso e observar que eu precisava de um acolhimento diante das agressões que sofri no antigo relacionamento. Para mim, o atendimento profissional com assistente social, psicólogo e psiquiatra foram essenciais para identificar o nível do agravo psicológico ao qual me encontrava”, frisou Maria.

 

A jovem Bruna (nome fictício para preservar a identidade da vítima), também recebeu atendimento através da RAV, após sofrer violência sexual pelo próprio pai. Ela foi orientada a procurar assistência na Área Lilás.

 

“Diante da situação em que eu estava, que não era nada fácil, busquei ajuda em um momento delicado. Mas fui e estou sendo muito bem assistida, pois vivenciei um sofrimento muito grande e precisei contar para a minha família que o meu genitor me abusou e me estuprou”, revelou Bruna.

 

Embora a jovem esteja lutando para vencer o episódio traumático, ela destaca a importância do acompanhamento psicológico para fortalecê-la e dar coragem diante das dificuldades.

 

“O incentivo e a coragem que os profissionais me deram foi e é fundamental para me auxiliar nesse processo tão difícil pra mim. O acompanhamento psicológico tem me dado coragem para seguir, depois de um momento tão traumático”, finalizou

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