Fraude em pensão por morte descoberta pela PF em Alagoas desviou mais de R$ 2 milhões

A fraude envolvendo a pensão por morte de um agente da Polícia Federal, em Alagoas, resultou no desvio de mais de R$ 2 milhões dos cofres da União. A informação é da Polícia Federal (PF) que investigou o esquema, apreendeu bens e prendeu uma pessoa, na última sexta-feira, 28.
Intitulada Operação Dissimulatus, a ação da PF foi deflagrada em Maceió e Arapiraca.
De acordo com as investigações, o agente da PF faleceu em 1988, deixando a pensão para a esposa. No entanto, quando a beneficiária faleceu em 2016, seu filho ocultou o óbito e continuou recebendo os valores indevidamente até 2022. Para manter o esquema, ele falsificou documentos e utilizou uma terceira pessoa para simular que a mãe ainda estava viva. O valor total do desvio foi de R$ 2.135.114,91, considerando juros e correção monetária.
As investigações apontaram que o filho da beneficiária contava com a ajuda da esposa e da sogra (falecida em 2020) para perpetuar a fraude. A sogra chegou a se passar pela beneficiária para realizar provas de vida falsas e manter os pagamentos ativos.
Outro detalhe macabro do caso é que o corpo da mãe do investigado jamais foi localizado. Segundo a PF, após sua morte em um hospital, o filho teria levado o corpo para uma igreja que ele próprio fundou e, depois, ocultado o cadáver sem registro de sepultamento oficial.
O principal suspeito, o filho da beneficiária falecida e preso em Arapiraca, foi preso e também responde a um processo por estupro de vulnerável, praticado contra a própria filha.
Assessoria PF