Assessor de senador Sérgio Moro é denunciado por importunação sexual
Fabio Bento Aguayo, que recebe R$ 12.360,33 como assessor no gabinete do ex-juiz, também foi acusado de atuar como lobista do setor hoteleiro.
Um assessor parlamentar do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), pré-candidato ao governo do Paraná, responde a um processo por importunação sexual que pode trazer embaraços políticos ao ex-juiz. O caso completa um ano em julho e tem audiência marcada para o dia 15, na 12ª Vara Criminal de Curitiba. O Ministério Público já emitiu parecer favorável à condenação do acusado.
O réu é Fabio Bento Aguayo, que ocupa o cargo de auxiliar parlamentar pleno no gabinete de Moro, com salário de R$ 12.360,33. Além do cargo no Senado, Aguayo também atua como presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrapar) e é diretor do Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos do Estado do Paraná (Sindiprom).
De acordo com a denúncia, o episódio ocorreu na madrugada de 27 de abril de 2024, por volta das 2h, no interior da casa noturna Honey Vox, localizada na Avenida Iguaçu, no bairro Rebouças, em Curitiba. Segundo relato da vítima, Aguayo, à época com 50 anos, teria cometido ato libidinoso sem consentimento, ao pressionar sua genitália contra o corpo da vítima “com o intuito de satisfazer a própria lascívia”, conforme descrito na denúncia. A conduta é enquadrada no artigo 215-A do Código Penal, que trata do crime de importunação sexual.
Ligação com o setor de entretenimento
Além de atuar no gabinete do senador Sergio Moro, Aguayo tem forte presença no setor de entretenimento do Paraná. Seu nome já havia sido mencionado pelo advogado espanhol Rodrigo Tacla Duran, que o apontou como lobista do setor hoteleiro na região.
A acusação foi formalizada pela promotora de Justiça Ana Vanessa Fernandes Bezerra, responsável pelo caso. Até o momento, Aguayo não se pronunciou publicamente.
A reportagem tentou contato com o acusado por meio de mensagens, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. O senador Sergio Moro também não comentou o caso.
Redação com Angelo Rigon no Maringá News
