Maravilha pede mais atenção para seu potencial turístico e científico no sertão alagoano

Maravilha: a capital da Paleontologia que une ciência e lenda

Reconhecida como a Capital Alagoana da Paleontologia, a cidade de Maravilha é um tesouro científico e cultural único. Em seu Museu de Paleontologia, visitantes e pesquisadores podem explorar fósseis da Era do Gelo, como a impressionante preguiça-gigante, recriada em tamanho real pelo artista e escultor Valdo Lima.

Apesar da sua relevância, o museu, que é o único de paleontologia em Alagoas, ainda enfrenta o desafio da falta de apoio público. Atualmente, a visitação de escolas e a integração da comunidade com esse patrimônio são limitadas pela ausência de programas consistentes do governo municipal e estadual. Esse cenário restringe o potencial transformador que o museu poderia ter na educação e na identidade cultural dos jovens.

Para mudar isso, a Secretaria de Estado do  Turismo de Alagoas,(SETUR), em parceria com o setor turístico, poderia promover ações estratégicas para o turismo científico, educativo e cultural. Maravilha tem sítios arqueológicos onde foram encontrados fósseis de animais da Era do Gelo, além das réplicas de mastodontes e preguiças-gigantes que já estão na praça do município e no museu. Esses elementos têm um enorme potencial de atração turística, mas ainda são explorados de forma tímida e sem a devida projeção.

Além da ciência, a memória popular de Maravilha guarda uma narrativa fascinante: a lenda de que a preguiça-gigante poderia despertar e assombrar a cidade. Esse imaginário, transmitido por gerações, reforça a identidade local e poderia ser um forte atrativo turístico, unindo ciência, história e tradição oral.

Iniciativas independentes já buscam valorizar esse patrimônio. O jornalista Fernando Valões, com sua equipe, produziu um vídeo que resgata a lenda do “retorno” das preguiças-gigantes. Esse tipo de ação reforça a urgência de um maior investimento para que Maravilha se torne um verdadeiro polo de ciência, cultura e turismo em Alagoas.

 Veja o vídeo aqui:

Redação