Pastor profetiza que Trump invadirá o Brasil

Durante celebração no Rio, apóstolo Ezequiel Teixeira citou o livro de Daniel para anunciar punição divina ao país e exaltou Donald Trump como “escolhido de Deus”
O culto em comemoração ao aniversário do pastor Silas Malafaia, realizado no último sábado (14) no Rio de Janeiro, foi marcado por discursos de tom político-religioso e pela profecia do apóstolo Ezequiel Teixeira. O líder da Igreja Cara de Leão afirmou que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, seria o protagonista de uma futura invasão ao Brasil como forma de juízo divino.
A afirmação se baseou em passagens bíblicas do livro de Daniel, utilizadas por Teixeira para interpretar o momento político brasileiro como sinal de que “Deus dirá basta” diante de determinadas condutas. Segundo ele, a apreensão dos cadernos de sermões de Malafaia pela Polícia Federal teria paralelo com a história do rei Belsazar, que usou indevidamente os utensílios sagrados do templo de Jerusalém.
Em sua pregação, Teixeira relembrou o episódio bíblico em que uma inscrição misteriosa surgiu na parede do palácio real da Babilônia, anunciando a queda do reino de Belsazar. O apóstolo fez uma comparação direta, afirmando que o ministro Alexandre de Moraes teria cometido erro semelhante ao permitir a apreensão dos materiais de Malafaia.
“Há momentos em que Deus diz: basta, foi longe demais”, declarou. Na mesma linha, o pastor afirmou que Trump seria um instrumento escolhido para corrigir o rumo da nação brasileira, sugerindo que o país estaria sob risco de punição divina.
Além da profecia, Teixeira exaltou o presidente americano, classificando-o como “verdadeiro escolhido por Deus”. Ele citou o recente assassinato de Charlie Kirk e afirmou que Trump só não teve o mesmo destino porque “um anjo inclinou sua cabeça alguns milímetros, desviando a bala de fuzil”.
Aniversário com tom de desagravo
O evento, que durou quase quatro horas, teve forte presença política, com destaque para o governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes. Em discurso descontraído, Paes chegou a brincar dizendo que seu maior medo seria ser preso com Malafaia e acabar dividindo cela com ele.
Apesar de contar com dezenas de pastores, a celebração não atraiu lideranças evangélicas de expressão nacional. Ainda assim, não faltaram elogios à postura combativa de Malafaia e menções aos seus embates políticos. O tom geral do encontro foi de solidariedade ao pastor diante das recentes investigações que envolvem seu nome.
Fuxico Gospel