PROFESSOR Pai espanca professor após filha ser repreendida por usar celular em aula

Um professor de 53 anos foi agredido dentro do Centro Educacional 4 do Guará, no Distrito Federal, na manhã desta segunda-feira (20), depois de pedir que uma estudante parasse de usar o celular durante a aula. O agressor, pai da aluna, invadiu a escola e desferiu nove socos contra o educador.

Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que o homem entra na sala da coordenação e ataca o professor, que tenta se proteger enquanto outros funcionários tentam contê-lo. A própria filha do agressor aparece nas gravações tentando encerrar a briga e chega a segurar o pai pelo pescoço, em uma espécie de “mata-leão”, para impedir que ele continuasse as agressões.

Pai é identificado e responderá em liberdade

O agressor foi identificado como Thiago Lênin Sousa, de 42 anos. Ele foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) e assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), procedimento aplicado em casos de menor potencial ofensivo.

Thiago vai responder em liberdade pelos crimes de lesão corporal, injúria e desacato. Em depoimento, afirmou que reagiu após a filha alegar ter sido xingada pelo professor, mas admitiu que “partiu para cima” do educador.

Procurado pela imprensa, o homem preferiu não se pronunciar.

Secretaria promete reforço na segurança

A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que a Coordenação Regional de Ensino do Guará e a Corregedoria da pasta abriram apurações internas sobre o caso. O órgão também solicitou apoio do Batalhão Escolar, que vai reforçar a segurança na entrada e saída dos alunos nos próximos dias.

Em nota, a secretaria repudiou o episódio e afirmou que “qualquer forma de violência no ambiente escolar é inaceitável”, reiterando o compromisso com um espaço “seguro, acolhedor e respeitoso”.

Sem condições de voltar

O professor afirmou em entrevista à TV Globo que está sem condições de voltar à sala de aula:

“Vou pegar um atestado, vou tentar melhorar um pouco a cabeça. Porque a cabeça da gente fica muito ruim. Então assim, eu tô sem condição nenhuma de voltar para sala de aula no momento”, disse ele.

“É muito triste. Já trabalhei em muitas escolas. Já tive discussões várias vezes, mas jamais saiu em vias de fato como hoje. Então assim, eu tô muito decepcionado”, finalizou o professor.