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Chacina no Rio: metade dos mortos não tinha mandado de prisão ou informação suficiente

Chacina no Rio: metade dos mortos não tinha mandado de prisão ou informação suficiente
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A maioria das vítimas é jovem – entre elas, um adolescente de 14 anos – e natural do estado do Rio. Polícia diz que vasculhou redes sociais e que imagens e emojis foram usados para identificar vínculos com Comando Vermelho.

Quase uma semana após a megaoperação da Polícia Civil que resultou em 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, o perfil das vítimas começa a ser detalhado. Segundo levantamento da corporação, todos os 115 civis identificados são homens, com idades entre 14 e 55 anos, e cerca de um terço não possui o nome do pai registrado. A idade média é de 28 anos.

 

O documento divulgado pela polícia reúne informações de RG, CPF, fotos e perfis de redes sociais. A análise aponta que metade dos mortos tinha mandados de prisão ou de busca e apreensão, enquanto outros 54 não apresentavam registros criminais. Em dois casos, as perícias foram inconclusivas.

Entre os mortos, estão dois adolescentes e três jovens que haviam feito aniversário na véspera da operação. Um deles, Francisco Myller Moreira da Cunha, de 32 anos, era apontado como liderança do Comando Vermelho no Amazonas. Já Ronaldo Julião da Silva, de 46 anos, natural de Campina Grande (PB), não possuía antecedentes nem envolvimento em ocorrências policiais.

maioria das vítimas nasceu no estado do Rio de Janeiro, mas há registros de pessoas de Pará, Amazonas, Bahia, São Paulo e Espírito Santo. A capital fluminense aparece em 26 casos.

Da esq. para a dir., Fabiano Martins Amancio, Brendon César da Silva Souza, Yuri dos Santos Barreto, Richard Souza dos Santos, Jonas de Azeredo Vieira e Juan Marciel Pinho de Souza estão entre os mortos na operação no Rio de Janeiro

De acordo com o relatório, as redes sociais foram usadas pela polícia para identificar vínculos com o Comando Vermelho. Imagens, emojis e publicações foram considerados indícios de ligação com o tráfico, mesmo em casos sem antecedentes criminais. Um exemplo citado é o de Tiago Neves Reis, de 26 anos, associado à facção por exibir uma bandeira vermelha triangular em postagens.

A investigação também menciona perfis que exibiam armas de fogo ou roupas de camuflagem, além de postagens de familiares que indicariam movimentação de suspeitos na mata durante a operação. Segundo a polícia, 95% dos perfis analisados apresentavam algum tipo de conexão com o CV.

O caso segue sob análise das corregedorias e do Ministério Público, enquanto moradores das comunidades afetadas organizam novos protestos contra o número de mortes e as circunstâncias da ação policial.

Revista Forum

 

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