AGUA 18/06
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Líderes de facções irão para presídios federais

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Alagoas deve transferir presos para presídios federais, segundo revelou ontem à Gazeta o governador do Estado, Renan Filho (PMDB). O chefe do Executivo estadual declarou que “o trabalho está sendo realizado em conjunto com o sistema de inteligência do Ministério da Justiça e a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), que estão em contato direto discutindo a transferência de presos considerados periculosos e ligados a facções criminosas”.

A medida é mais uma ação efetiva do governo para evitar que ocorra no sistema prisional de Alagoas o que aconteceu em presídios de Manaus (AM) e em Boa Vista (RR), onde até ontem mais de 90 presos haviam sido mortos em rebeliões.

O governador Renan Filho determinou atenção total para o sistema penitenciário de Alagoas e tem acompanhado passo a passo e participado também de reuniões das forças de segurança. Ontem à noite, logo após conversar com o governador, a Gazeta ouviu o secretário de Ressocialização e Inclusão Social, tenente-coronel Marcos Sérgio de Freitas Santos, que falou sobre as próximas ações a serem tomadas, além das que já vêm sendo efetivadas nos presídios de Alagoas. Reafirmou a extrema preocupação para evitar rebeliões no Estado e a carnificina que ocorreu no Amazonas e em Roraima.

“Com certeza estamos estudando a transferência de presos para presídios federais. Já está comigo. Estou fazendo esse levantamento”, disse o coronel Marcos Sérgio, ao revelar que viajou na última terça-feira, 10, a Brasília, onde participou de reunião com o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), coronel Marcos Severo. “Nossa ida ontem [terça] teve como uma das pautas a transferência de presos para presídio federal. Os presos mais periculosos, ligados a facções criminosas, que não estão cumprindo a orientação da administração da penitenciária local”, informou.

Ao ser questionado quantos e quando serão transferidos, ele disse que por questões de segurança os números não serão repassados. “O nosso setor de inteligência está tratando disso. Identificando essas lideranças negativas para a gente poder transferir para presídio federal. Essa parte de transferência, ela tem todo um rito de compartimentação, todo um rito reservado que eu não posso falar exatamente devido ao alto índice de periculosidade dessas pessoas”, afirmou.

O secretário disse ainda que a orientação para transferência trata-se de uma “ação conjunta do governo do Estado, através das duas secretarias, de Segurança Pública e a de Ressocialização e Inclusão Social. As duas inteligências contam para este trabalho com o apoio do Depen, em Brasília”.

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