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Polícia Federal prende José Yunes, amigo e ex-assessor de Temer

Polícia Federal prende José Yunes, amigo e ex-assessor de Temer
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A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (29), o empresário José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer (MDB). A prisão foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Yunes está sendo levado para a Superintendência da PF no bairro da Lapa, em São Paulo. As informações foram adiantadas pelo Blog da Andréia Sadi, no site G1. Também foi preso o dono da empresa Rodrimar, Celso Antonio Greco.

As prisões foram autorizadas no âmbito do inquérito de Portos, que tramita no STF. Barroso é o relator do inquérito que investiga a suspeita de favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017). O decreto foi assinado pelo presidente Michel Temer, um dos alvos do inquérito.

O advogado José Luis de Oliveira Lima, que defende o empresário, ainda não sabe se Yunes ficará em São Paulo ou se será levado para Brasília. Ao site, o advogado afirmou que a prisão é temporária, de cinco dias, e classificou a decisão como “inaceitável”, por se tratar de um advogado com mais de 50 anos.

“É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania”, diz texto da defesa de Yunes.

José Yunes pediu demissão do cargo de assessor especial do governo Temer em dezembro de 2016, após ser citado por delator da Odebrecht. Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da empreiteira, afirmou que parte da propina de R$ 10 milhões pedida por Temer foi repassada a Yunes e a Eliseu Padilha. O amigo de Temer teria recebido R$ 4 milhões em espécie no seu escritório.

Ao pedir demissão, Yunes escreveu uma carta entregando o cargo a Temer. “Nos últimos dias, Senhor Presidente, vi meu nome jogado no lamaçal de uma abjeta delação, feita por uma pessoa que não conheço, com quem nunca travei o mínimo relacionamento e cuja existência passei a tomar conhecimento, nos meios de comunicação, baseada em fantasiosa alegação, pela qual teria eu recebido parcela de recursos financeiros em espécie de uma doação destinada ao PMDB.  Repilo com a força de minha indignação essa ignominiosa versão”, escreveu o advogado na ocasião.

 

Coangressoemfoco

 

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