A apresentação de Ludmilla neste domingo (21) no Coachella, festival de música que acontece na Califórnia, nos Estados Unidos, rendeu o que falar. Nas redes sociais, a cantora de 28 anos foi acusada de intolerância religiosa por conta de um vídeo exibido no telão, que mostrava a frase: “Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”.

O assunto “Intolerância religiosa é crime” ficou entre os tópicos mais comentados no X, antigo Twitter. “Ela sofre preconceito por ser mulher, negra, lésbica e maconheira. Mas vive sendo preconceituosa com a religião dos outros”, escreveu um internauta. “Isso aqui não tem nem desculpa, intolerância religiosa é crime!!”, comentou outro, exibindo a imagem do show.

Após a repercussão, Ludmilla publicou o vídeo completo exibido no show junto com uma nota no seu perfil do X, informando que as imagens foram tiradas do contexto. “Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar para falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe. Hoje tiraram do contexto uma das imagens do video do telão do show em Rainha da Favela, que traz diversos registros de espaços e realidades a qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando em uma posição que é completamente contrária a minha”, comentou a artista, que seguiu explicando sobre a apresentação.

“Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela”, acrescentou.

Ludmilla explica ainda sobre a produção das imagens. “Esse vídeo foi feito por uma fotógrafa/videomaker negra e periferica, para que tivesse um olhar de dentro para fora! Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas”, concluiu.
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